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Porque o Brasil pouco importa para os EUA?

novembro 7, 2024 | by Time oesperto

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Muitas vezes, o Brasil é considerado um ator relevante na América Latina e no mundo. No entanto, do ponto de vista dos Estados Unidos, essa percepção pode ser diferente. Nos EUA, o Brasil é frequentemente visto com a mesma lente que se aplica ao México: um vizinho latino-americano que desempenha um papel secundário nos interesses globais, servindo mais como um aliado econômico e fornecedor de recursos do que como uma potência influente.

Para muitos americanos, o Brasil representa sol, carnaval, futebol e Amazônia. Esta visão superficial desconsidera os aspectos complexos da economia brasileira, suas instituições e seu papel na geopolítica regional. Assim, o Brasil, como o México, é visto frequentemente como uma peça no quebra-cabeça econômico americano – uma fonte de commodities e mão de obra – e como um destino turístico exótico, mas não como um verdadeiro parceiro estratégico ou geopolítico.

Em contrapartida, o Brasil busca uma posição mais assertiva na política global, com participação ativa nos BRICS+ e em debates sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Porém, essa ambição esbarra no filtro dos interesses americanos, que priorizam alianças com a Europa, Japão e outros aliados tradicionais. Além disso, o foco dos EUA em questões de segurança nacional e imigração acaba por concentrar a atenção mais ao norte da América Latina, no México e na América Central, do que no Brasil.

Por fim, enquanto o Brasil vê a si mesmo como uma nação em ascensão, com uma posição geográfica e cultural única, o país ainda luta para desfazer a visão estereotipada de um “México do Sul”. Para mudar essa percepção, o Brasil teria que construir uma narrativa própria e fortalecer sua imagem internacional com consistência em suas políticas e alianças estratégicas.

No fim, todos acham que a si própria cabe algum destaque, mas no fim das contas, ninguém é a ultima bolacha do pacote.

O Brasil e o brasileiro deveria focar menos no que o presidente dos EUA vai fazer e trabalhar o problema interno, pois para os EUA o Brasil não passa do “México do Sul”.

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