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Drex: O que é e como funciona a moeda digital brasileira?

janeiro 13, 2025 | by Time oesperto

DALL·E 2025-01-13 08.16.09 – Uma representação única do Drex, a moeda digital brasileira, com foco em sua identidade distinta. A imagem apresenta o símbolo do real (R$) centraliza

O Drex é o nome oficial da moeda digital brasileira, emitida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil. Trata-se de uma versão digital do real (BRL), que utiliza a tecnologia blockchain para funcionar, diferentemente das criptomoedas, que não possuem regulação central. O Drex faz parte do conceito de Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês), que está sendo explorado por diversos países como uma forma de modernizar seus sistemas financeiros.

A proposta do Drex é oferecer uma forma de pagamento mais ágil, segura e transparente, integrando o ambiente digital às operações financeiras tradicionais. Ele é projetado para ser usado em transações do dia a dia, como pagamentos, transferências e compras, além de possibilitar a implementação de contratos inteligentes, que automatizam processos econômicos e jurídicos.


O Drex já está em vigor? Quando entrará?

Atualmente, o Drex ainda não está em vigor. Ele está em fase de testes piloto, com previsão de lançamento gradual ao longo de 2024. O Banco Central tem conduzido experimentos para garantir a segurança e eficiência do sistema antes de disponibilizá-lo ao público.

Esse cronograma tem como objetivo preparar tanto o mercado financeiro quanto os usuários para a adoção da moeda digital, além de permitir ajustes e correções necessárias. Portanto, embora o Drex ainda não seja utilizado amplamente, ele já é considerado uma realidade iminente.


Vantagens do Drex

Uma das principais vantagens do Drex é a possibilidade de utilização de contratos inteligentes. Contratos inteligentes são acordos programados que executam automaticamente suas condições quando determinados critérios são atendidos. Por exemplo, em uma compra financiada de um imóvel, o Drex poderia automatizar pagamentos e transferências de propriedade, reduzindo burocracia e custos operacionais.

Além disso, o Drex promete facilitar transações digitais, diminuir custos de intermediação bancária e aumentar a inclusão financeira, permitindo que pessoas sem acesso a contas bancárias tradicionais utilizem serviços financeiros via celular ou outras plataformas digitais.


Desvantagens do Drex

Apesar de suas vantagens, o Drex também gera preocupações, especialmente no que diz respeito ao monitoramento governamental. Como todas as transações realizadas com o Drex serão registradas na blockchain regulada pelo Banco Central, isso permitirá ao governo acompanhar cada movimentação financeira em tempo real. Essa característica pode ser vista como uma ameaça à privacidade, já que indivíduos e empresas teriam menos controle sobre a confidencialidade de suas transações.

Outro ponto de debate é a centralização. Diferentemente das criptomoedas descentralizadas, o Drex será controlado pelo Banco Central, o que pode limitar a liberdade dos usuários em relação à gestão de seus recursos.


Exemplos ao redor do mundo

O Brasil não está sozinho na implementação de uma moeda digital regulada. Diversos países têm avançado no desenvolvimento de suas próprias CBDCs. Na China, o yuan digital (e-CNY) já está em fase avançada, sendo amplamente testado em grandes cidades e eventos. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve estuda a viabilidade do dólar digital, enquanto a União Europeia avança com o projeto do euro digital, que deve ser lançado até 2025.

Em outros lugares, como nas Bahamas, o Sand Dollar já está em funcionamento, sendo um dos primeiros exemplos de moeda digital de banco central em operação. Esses projetos servem como referência para o Brasil e indicam o crescimento global da tendência de digitalização das moedas nacionais.

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